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O silêncio que pede voz

Atualizado: 4 de ago.

Existe um silêncio que acalma.

Mas também existe um silêncio que pesa, que comprime o peito e que, aos poucos, vai afastando a gente de si mesma.


A psicanálise nos traz que aquilo que não encontra palavra muitas vezes encontra corpo.

O que não dizemos, sentimos.

O que não nomeamos, se acumula.

E esse silêncio guardado demais pode se manifestar em forma de ansiedade, apatia, irritação ou cansaço sem explicação.


No espaço terapêutico, o silêncio não é visto como problema, mas como sinal.

Ele aponta que existe algo ali, ainda sem nome, esperando ser reconhecido.

Porque falar não é só colocar palavras para fora, é criar ordem dentro.



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Na fé, a gente também encontra esse movimento.

Jesus se retirava para o silêncio, mas não era um silêncio de negação.

Era um silêncio de encontro.

Ele não evitava falar da dor, Ele nomeava, acolhia, chamava para perto.


O silêncio saudável aproxima, o silêncio pesado afasta.

E é aqui que muitas de nós ficamos presas: acreditamos que falar sobre nossas dores é fraqueza, quando, na verdade, é um ato profundo de coragem.


Romper o silêncio pesado não significa expor tudo a todos.

Significa abrir espaço, seja diante de Deus, seja num lugar seguro, para que a alma encontre voz.

Significa deixar que o que está peso seja compartilhado.


Deus não se assusta com aquilo que você sente.

Ele não teme as palavras que você tem medo de dizer.

E, muitas vezes, a cura começa exatamente aí: no momento em que o silêncio ganha voz e se transforma em encontro.


“Courage, dear heart!”

Selah.

 
 
 

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SelahOrgulhosamente, por Fernanda Gregório Fonseca.© 2025

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