O peso que não era seu
- Fernanda Gregório Fonseca
- 5 de ago.
- 1 min de leitura
Há cargas que carregamos como se fossem nossas, mas que nunca foram. São expectativas que outros colocaram, responsabilidades que assumimos antes do tempo, culpas que aceitamos sem perceber.
Às vezes crescemos ouvindo que precisamos ser fortes por todos e para tudo. Que a nossa presença é o que sustenta, que nossa calma equilibra, que nossa entrega mantém tudo de pé. E, pouco a pouco, passamos a acreditar que se pararmos por um instante, tudo ao redor desmorona.

Com o tempo, essa força que parecia virtude começa a pesar.
O corpo dá sinais.
A alma perde fôlego.
E a mente se pergunta se é mesmo possível viver sem carregar tanto.
No espaço de cuidado, percebemos que algumas dessas cargas não eram nossas.
E abrir mão delas não é abandono.
É saúde.
É maturidade.
É entender que amor não é sinônimo de esgotamento.
Agora te trago um convite silencioso para deixar o fardo pesado e caminhar mais leve.
Não porque a vida se tornará simples, mas porque o peso certo é possível de ser carregado.
E, no fundo, é só quando soltamos o que não nos pertence que podemos ter as mãos livres para receber o que é nosso de verdade.
Talvez hoje seja o dia de devolver alguns pesos.
De confiar que o mundo não vai desabar porque você decidiu respirar.
De lembrar que leveza também é força.
Selah.
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