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Cuidar sem se perder


Depois de escrever sobre voltar para si, talvez esse seja o momento mais oportuno pra abrir espaço para uma verdade complementar: cuidar de si é essencial, mas o cuidado com o outro também pode ser valioso.


E é sobre isso que vamos falar neste post.

Sobre como servir pode ser um ato de amor, desde que não custe a própria saúde emocional.

Sobre como o amor ao próximo pode ser um espelho da fé, desde que não se torne anulação.


Eu sou uma pessoa que serve por essência.

Gosto de cuidar e acredito que servir também é um ato de amor.

Minha fé em Deus me ensina a fazer isso: a estender a mão, a ser ponte, a carregar junto. Mas com o tempo, também aprendi a cuidar de mim.

Porque sem esse cuidado interno, até os gestos mais bonitos se tornam sobrecarga.


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Entre o dom de servir e o risco de se esgotar


Na psicanálise, falamos muito sobre a linha tênue entre altruísmo e autonegação. E muitas mulheres, principalmente as que têm a alma sensível e o coração disposto, caminham nessa linha todos os dias.


Você cuida, prepara, escuta, acolhe, se doa.

Faz por amor, mas se esquece no meio do caminho. E aos poucos, vai percebendo que o servir, quando desmedido, te distancia de si.


Cuidar não deveria doer.

Nem anular.

Nem deixar cicatriz.



Servir não é desaparecer


Há uma beleza imensa no ato de servir.

E sim, ele faz parte da nossa fé. Jesus serviu com amor, com presença, com verdade.

Mas nunca deixou de ser quem Ele era.


O cuidado com o outro precisa vir da inteireza, não da exaustão. Do transbordar, não da drenagem. Porque quando você se entrega sem se cuidar, o que oferece é peso, e não presença.


E amar o outro com qualidade só é possível quando há espaço interior. Quando o cuidado também passa por dentro.



A espiritualidade como lugar de equilíbrio


Deus não exige sacrifícios que te esgotem. (Obedecer é melhor que sacrificar)

Ele deseja comunhão.

Relações saudáveis.

Serviço com propósito, não com culpa.


Servir é bonito quando nasce da liberdade.

Quando não vem do medo de não ser aceita.

Quando é uma escolha, e não uma obrigação silenciosa.


Se a fé te convida a servir, ela também te convida a descansar. A pausar. A cuidar de si, para que seu cuidado com os outros seja fruto, e não fuga.



Como cuidar sem se perder


  1. Pergunte a si mesma: “estou fazendo isso por amor ou por medo de rejeição?”

  2. Respeite seus limites emocionais e físicos. Cansaço não é prova de amor.

  3. Inclua-se na lista de pessoas que você cuida. Você também precisa de atenção.

  4. Seja honesta com sua fé. Deus conhece suas intenções e não exige sobrecarga.

  5. Transforme o servir em presença verdadeira. Que seja leve, intencional, cheio de significado.



Quando o cuidado se torna caminho


Cuidar pode ser um dom. Servir pode ser precioso. Mas nenhum dom exige que você se perca para existir.

Contrário, ele reafirma sua identidade ao ser exercido por você.


Você pode servir e ainda se ouvir. Pode cuidar do outro e ainda se acolher. Pode estender a mão sem esquecer do seu próprio coração.


O equilíbrio não é egoísmo. É maturidade.

E você está aprendendo, talvez devagar, talvez no susto, a cuidar de si para ser ainda mais inteira quando cuidar do outro.


Selah.

 
 
 

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