A graça de celebrar
- Fernanda Gregório Fonseca
- 4 de ago.
- 1 min de leitura
Existem momentos na vida em que celebrar não parece natural.
Mesmo cercada de carinho, abraços e presença, o coração nem sempre encontra espaço para festa.
A alegria parece existir, mas permanece à distância, como se estivesse esperando o momento certo para entrar.

Com o tempo e cuidado, algo pode mudar.
Talvez não seja algo grandioso, talvez ninguém de fora perceba.
Mas, dentro, a alma começa a abrir espaço para novas cores.
O riso deixa de ser forçado.
O peito encontra fôlego para agradecer.
E a vida começa a pedir para ser honrada.
Celebrar não depende de tudo estar perfeito.
Depende de reconhecer que há vida, e vida é um presente que merece ser experienciado.
Há caminhos que foram percorridos, dias atravessados, forças que voltaram, sustento que chegou no tempo certo.
É uma espécie de gratidão silenciosa que, de repente, encontra forma em um gesto simples ou em um sorriso.
A fé, de maneira suave, nos lembra que agradecer é também celebrar, e celebrar também é um ato de gratidão.
Não por obrigação, mas como expressão natural de quem reconhece que a vida continua, apesar de tudo.
Celebrar também pode ser um jantar tranquilo, um momento de oração, um suspiro de alívio ou apenas a escolha de estar presente com mais leveza.
Talvez hoje seja um bom dia para celebrar.
Mesmo que de maneira discreta.
Mesmo que apenas com o coração.
Porque existir já é, em si, motivo de festa. Hoje eu me celebro e te convido a fazer o mesmo.
Selah.
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