A alegria que se permite voltar
- Fernanda Gregório Fonseca

- 8 de ago.
- 1 min de leitura
A alegria não costuma chegar com alarde.
Ela vem de mansinho, quase sem ser notada.
Pode estar no café quente da manhã, no abraço apertado, no riso inesperado durante uma conversa simples.
Por muito tempo, acreditei que a alegria só tem valor quando é intensa, grandiosa, quando enche o peito e transborda.
Mas, na vida real, muitas vezes ela se apresenta em gestos pequenos.
E talvez seja justamente aí que ela se torna mais bonita: porque não depende de cenário perfeito para existir.

Depois de atravessar dias pesados, pode ser estranho perceber alegria de novo.
Quase como se fosse proibido.
Mas alegria não anula o que foi difícil, ela apenas lembra que existe mais do que dor na história.
Ao cuidar do emocional, aprendemos a abrir espaço para sentir sem culpa.
Permitir que momentos bons também façam parte do caminho, mesmo quando nem tudo está resolvido.
A alegria não precisa esperar o fim de todos os problemas para acontecer.
Ela pode existir no meio do processo.
Não podemos esquecer de celebrar a vida, mesmo nas pequenas vitórias.
Não como quem ignora as dificuldades, mas como quem reconhece que, apesar delas, há motivos para agradecer.
É uma alegria que não depende de circunstâncias perfeitas, mas de uma esperança que se mantém acesa.
E se hoje você se permitir sorrir sem explicação?
Se permitir sentir o que é leve.
Lembrar que alegria também é força, e que deixá-la entrar é um ato de coragem.
Selah.
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