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Quando voltar pra si é o maior recomeço

Voltar pra casa dentro de si


Depois de tantos textos percorrendo dores silenciosas. A sobrecarga, o vazio, a autossabotagem, os traumas que moldam vínculos e talvez este seja o momento de falar sobre um retorno.

Um tipo de recomeço que não começa fora, mas dentro.


Voltar pra si é como voltar pra casa depois de anos morando em lugares emprestados. Lugares onde você precisou se moldar, se calar, se esconder. Onde aprendeu a sobreviver, mas nunca se sentiu realmente pertencente.


E então, um dia, algo muda.

Pode ser uma pausa.

Uma lágrima.

Uma oração sussurrada.

Um espaço de escuta.

Algo que te convida a voltar. Não ao passado, mas a si.


O processo de voltar pra si é lento, mas libertador


Na psicanálise, compreendemos que o eu verdadeiro muitas vezes fica encoberto por camadas de adaptação. Máscaras emocionais que você vestiu pra se encaixar, proteger, agradar, sobreviver. E com o tempo, essas máscaras vão se confundindo com identidade.


Voltar pra si é desfazer essas camadas. Não à força. Mas com verdade. É reaprender a escutar sua voz interna. É ter coragem de existir sem pedir licença.


E isso não acontece de uma vez. Acontece no pequeno, na decisão de respeitar um limite, no ato de dizer o que sente, no momento em que você se escolhe sem culpa.


Não é egoísmo. É reencontro


Muitas mulheres foram ensinadas (ou apenas repetem padrões vistos desde muito cedo), que se cuidar é egoísmo. Que pensar em si é pecado. Que existir com verdade é exagero. Mas isso também é parte da distorção herdada.


Se anular nunca foi nobre. Foi mecanismo.

E agora, voltar pra si é dar dignidade à própria existência. É se tornar abrigo ao invés de depender de abrigos instáveis.


Se cuidar é essencial.

E é sobre isso que estamos tratando neste texto: a importância de voltar-se para dentro, de oferecer a si mesma o cuidado que por vezes é sempre oferecido ao outro. Mas esse é apenas um lado da história.

Em um próximo momento, vamos falar sobre como o cuidado com o outro também é parte da essência da mulher, não como obrigação, mas como expressão de presença, vínculo e amor saudável.


A fé como caminho de reconciliação


Voltar pra si também é espiritual. Porque o Deus que te conhece por dentro não te chama pra ser o que os outros esperam.

Ele te chama pelo nome.

Ele não te exige inteira antes de te receber.

Ele caminha contigo enquanto você se refaz.


A fé não anula sua história, ela dá sentido a ela.

E te sustenta no processo de voltar pra si mesma, sem se perder.


Como começar esse retorno


  1. Silencie um pouco os ruídos. A sua voz interior é sutil. Precisa de espaço pra ser escutada.

  2. Acolha suas partes rejeitadas. O que você costuma esconder pode ser o que mais precisa de cuidado.

  3. Desfaça o pacto com a culpa. Cuidar de si não é abandono dos outros. É presença com qualidade.

  4. Reconstrua-se com apoio. Terapia é esse espaço seguro onde voltar pra si não dói tanto.

  5. Ore como quem volta pra casa. Não precisa performance. Só presença. Só verdade.



Você é sua casa


Não é sobre se reinventar completamente.

É sobre voltar. Pra dentro. Pra origem. Pra essência.


Você não precisa mais morar em versões criadas pra agradar. Pode voltar a ser quem sempre foi antes do medo, da exigência, da dor.


E talvez, ao voltar pra si, descubra que nunca esteve totalmente perdida.

Só estava cansada.

E agora é tempo de descansar em si mesma.


Selah.

 
 
 

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