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Nem tudo que te ensinaram sobre fé é verdade


Durante muito tempo, muitas de nós carregaram uma ideia de fé que pesava mais do que sustentava. Aprendemos, por palavras ou por silêncios, que crer significava sorrir sempre, não questionar, não duvidar, não fraquejar. Que mulher de fé mesmo é aquela que aguenta tudo calada, ora com fervor e vence sempre.


Mas essa ideia não é só distorcida.

Ela é desumana.


E não é sobre culpar instituições ou pessoas. Muitas vezes, nós mesmas interpretamos sinais de forma equivocada, nos agarramos a exigências, buscamos aprovação no lugar errado.

A fé foi usada como molde, quando ela deveria ser abrigo.


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Quando a fé vira performance


Em alguns momentos da vida, percebemos que não estamos mais crendo, mas tentando parecer crentes.

É sutil, mas profundo. Continuamos frequentando, postando versículos, dando glória a Deus; mas dentro, o coração está confuso, cansado, desconectado.


Nos colocamos nesse lugar porque achamos que é o certo. Porque, em algum momento, foi isso que nos disseram ser o modelo da mulher espiritual.

Forte, incansável, submissa (sem critérios e base bíblicas), grata o tempo todo.


Só que isso adoece.

Porque ser forte o tempo todo machuca.

E negar a dor em nome de uma fé mal compreendida nos afasta de Deus, e de nós mesmas.


Fé não é negação. É encontro.


A verdadeira fé não exige que você se anule.

Ela convida você a se encontrar. A reconhecer que está cansada, ferida, perdida às vezes, e ainda assim é amada.


Jesus nunca exigiu uma fé performática.

Ele acolheu quem tinha medo, quem chorava, quem duvidava.

Ele não esperava perfeição, esperava entrega.

E entrega de verdade só acontece quando existe espaço para ser inteira, com tudo o que sente.


A fé madura entende que Deus não se ofende com o nosso cansaço. E que duvidar não nos tira do caminho, muitas vezes, nos ajuda a reencontrar o centro que é Jesus, mas isso é papo pra um próximo momento.


Você pode desconstruir com amor


Se hoje você se percebe vivendo uma fé que pesa mais do que liberta, talvez seja hora de rever, com respeito, com carinho, com responsabilidade.

Não pra jogar tudo fora, mas pra separar o que é essencial daquilo que foi imposto ou mal interpretado.


Você não precisa mais carregar tudo sozinha.

Nem provar nada pra ninguém.

Sua fé pode ser mais leve, mais verdadeira, mais sua.


Caminhos para uma fé que sustenta, não pesa


  1. Permita-se questionar sem culpa. A dúvida não te afasta de Deus, te aproxima da verdade de quem você é nele.

  2. Revisite suas crenças. Algumas ideias foram absorvidas no automático, e não fazem mais sentido hoje.

  3. Dê nome ao que sente. Negar o que sente não é espiritualidade. É autonegação.

  4. Ore com verdade. Sempre vou dizer isso: Deus prefere um coração sincero a uma oração perfeita.

  5. Cultive uma fé relacional. Não de regras, mas de vínculo. Não de medo, mas de amor.


Fé que abraça o real


A fé não precisa ser dura pra ser firme.

Ela pode ser doce, sensível, honesta. E, ainda assim, profunda.


Você não precisa mais representar força o tempo todo.

Pode viver a fé como descanso, como casa, como alívio.

Pode se permitir reaprender.

Se libertar da culpa.

E acreditar de novo, agora com mais verdade.


Nem tudo que te ensinaram sobre fé era o evangelho.

Mas você pode recomeçar. (Leia a Bíblia, isto é libertador)


Selah.

 
 
 

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