A mulher que você precisou engavetar para sobreviver
- Fernanda Gregório Fonseca

- 26 de jul.
- 1 min de leitura
Atualizado: 27 de jul.
Você lembra dela?
Da mulher que ria mais solto.
Que dançava na sala.
Que sonhava em voz alta, às vezes até demais.
Que escrevia cartas.
Que chorava ouvindo música.
Que acreditava em recomeços.
Ela não desapareceu.
Você só precisou guardá-la por um tempo.
Engavetar os sonhos, os desejos, a delicadeza;
pra continuar sendo forte, resolver as contas, segurar os filhos, manter tudo em pé.

Te disseram que era preciso endurecer pra dar conta.
E você acreditou.
Vestiu armaduras, apertou o passo, engoliu o choro.
Mas…
O corpo começou a doer.
A alma a silenciar.
E agora, no fundo do seu silêncio,
você ouve um sussurro familiar:
“Ainda estou aqui.”
Ela não quer te fazer abandonar tudo.
Ela só quer ser lembrada.
Convidada.
Integrada.
A mulher que você precisou engavetar um dia…
pode voltar.
Não pra ocupar o lugar da guerreira que você se tornou, mas pra dançar ao lado dela.
Com fé.
Com verdade.
Com amor-próprio restaurado.
Talvez hoje seja o dia certo pra abrir essa gaveta.
E começar, com cuidado, a se reencontrar.
E se você precisa de ajuda pra isso, estou aqui.
Selah.
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